sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Avô

As minhas lágrimas são para ti Avô.
O baço azul dos teus olhos,
eram a despedida da vida que carregavas Avô.
O teu sorriso a iluminar-te.
A iluminar-me Avô...
A tua mão firme e recta, áspera e meiga,
como tu Avô.
A saudade do teu toque...
A tua voz sussurra e eu aprendo Avô.
A tua navalha retalha o vazio do teu tempo.
E eu vejo-te Avô.
Caminhas tão lentamente e a medo...
e eu acompanho-te Avô.
O teu compasso é marcado pelo bater das tuas botas,
na calçada já gasta, como tu Avô.
O teu rosto tão bonito Avô.
O teu chapéu de chuva que te tras a sombra da despedida.
Eu vejo-te Avô.
Partiste tão depressa.
Mais rápido que o teu tempo.

E eu nunca te disse Avô...


Já não te vejo, mas todos dias o sinto -
-Amo-te Avô.

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