segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

VAZIO



Silêncio desnudo na tarde de chuva.

Sou eu. Só eu.Vazio e frio.

Solidão neste coração que luta por brilhar.

Existes tu. Existes?

Pulsas no meu peito e nem sabes.

Olhas por mim...

Respiras por mim e nem sabes.


Há vazio.


O vazio onde tu existes e marcas o meu tempo.

Cornocópias de imagens, repetem-se lá fora, sem fim.

Aqui moras vazio.

O vazio de ti, ocupa tudo o que sou.

O quanto te quero, nunca vais saber...

O amor que guardo pelo teu rosto, sorriso, cabelo...

a ternura pela tua voz e o arrepio pelo teu toque...

Não poderás voltar a ter.

Sinto frio. Vazio.


És tu.


Dói-me o tempo que não tive para te mostrar quem sou.

As manhãs em que amanheceste sem saberes que toda a noite te adorei,

Os beijos que ao teu corpo não dei, e hoje queria tanto ter dado.

Dói-me a dor pelo abraço que não tive coragem de te dar...

As palavras bonitas que merecias ter ouvido e que o meu medo me fez calar...

Dói-me a felicidade que deste e me tiraste.


Quero não Sentir! e a luta enfurece.


Porque não sais de mim?

Liberta-me!


É vazio. Tudo em mim, é vazio.


És tu.