domingo, 21 de novembro de 2010

O meu FAdo és Tu

Do teu azul vi despertar
um Amor livre, sem preconceito
Amor que afinal nunca foi meu
e cuja ausência me rasga e esmaga o peito.

Tentei dar-te asas e sonhei-te á minha medida
Cega pela paixão que nunca sentiste
Aumentei a já velha ferida
que quis tanto que curasses, mas só mais a reacendeste

Se hoje sofro, não é só porque te perdi...
Sofro mais, porque me tiveste.
É que se não valorizas o que por ti senti
Então, meu Amor, nunca me mereceste.

Sentir e brindar o Amor -é nobreza de poucos,
e eu orgulho-me dessa fidalguia.
Se nada sentes e "nos" consideras loucos,
Não poderia ser o meu Amor, sequer por um dia.

Não quero uniões por simpatia,
nem tão pouco, romance mal amado
Mereço muito mais que um Amor crú!
E se é meu destino ser infeliz como o meu passado-
que seja!
Ma serei eterna apaixonada, pelo meu Fado, que és tu!

PatríciaR

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

...


Sei de uma história que podia ter sido Amor...
História de encanto e deslumbre,
Amor que tristemente o meu coração assume,
pois hoje é vazio, saudade e dor.

No teu sorriso havia travessura,
no teu olhar tal encanto,
que no meio de tanta gente, me senti nua
Por logo ali, já te querer tanto.

Tocada pelo embaraço,
o teu feitiço não pude negar.
Só queria esse brilho no meu abraço
e com a tua luz, nessa noite, me deitar.

O dedilhado do teu luar, me despiu
e o arrepio que me trouxeste, logo consentiu
que o nosso coração fosse um só bater

Roubei a lua á noite, em segredo, sem ninguém saber...
Foste a lua cheia mais bonita, que ao meu lado já vi adormecer (refrão)

No teu calor a noite abraçou o dia
e nem por isso o teu brilho reduziu -
O amanhecer dos teus olhos e desse sorriso
Foi a paixão que o meu pobre coração seduziu...

Pena que esse brilho, foi breve momento
E depressa demais seguiu novo caminho.
Sem ti, cada noite é tormento
Porque é nos braços dela que agora dormes, meu carinho.

Desde então é o Fado que me vem á boca
quando sinto desejo, de a tua beijar...
Por ti, só por ti, vivo na solidão rouca
e choro pelo Fado que nunca hei-de cantar.

PatríciaR

quinta-feira, 18 de novembro de 2010