
Silêncio desnudo na tarde de chuva.
Sou eu. Só eu.Vazio e frio.
Solidão neste coração que luta por brilhar.
Existes tu. Existes?
Pulsas no meu peito e nem sabes.
Olhas por mim...
Respiras por mim e nem sabes.
Há vazio.
O vazio onde tu existes e marcas o meu tempo.
Cornocópias de imagens, repetem-se lá fora, sem fim.
Aqui moras vazio.
O vazio de ti, ocupa tudo o que sou.
O quanto te quero, nunca vais saber...
O amor que guardo pelo teu rosto, sorriso, cabelo...
a ternura pela tua voz e o arrepio pelo teu toque...
Não poderás voltar a ter.
Sinto frio. Vazio.
És tu.
Dói-me o tempo que não tive para te mostrar quem sou.
As manhãs em que amanheceste sem saberes que toda a noite te adorei,
Os beijos que ao teu corpo não dei, e hoje queria tanto ter dado.
Dói-me a dor pelo abraço que não tive coragem de te dar...
As palavras bonitas que merecias ter ouvido e que o meu medo me fez calar...
Dói-me a felicidade que deste e me tiraste.
Quero não Sentir! e a luta enfurece.
Porque não sais de mim?
Liberta-me!
É vazio. Tudo em mim, é vazio.
És tu.